quinta-feira, 4 de novembro de 2010

 
 
 
Não quero saber quantas horas são, nem que dia é, não ligo pro que já aconteceu, muito menos  quanto tempo falta. Eu quero ir. Subo no primeiro bonde, no primeiro ônibus, no primeiro avião, no primeiro barco, no primeiro carro. Eu quero ir.  Perco meu medo de avião, enfrento meu enjôo no carro, no ônibus e no barco e esqueço a lentidão do bonde. Eu quero ir. 
Vou de olho fechado, respirando fundo e acreditando. Posso recitar trechos de algum escritor. Posso cantar as músicas mais lindas. Ou fico em silêncio, tanto faz. Eu quero ir. Não vou pensar muito, estou afim de ser intensa, de ser agora, de ser pra sempre, de ser por uma vida toda. Eu quero ir. Tenho cicatrizes no joelho, braço e cotovelo. Elas servem pra lembrar. Então, tudo bem: vou voar.  Se cair, mais uma cicatriz. Eu quero ir. Meu coração não é o maior e meus sentimentos não são os mais nobres. Mas dou o melhor de mim. Eu quero ir.  Meu cabelo é meio assim. Mas eu dou um jeito. Dou um jeito no novo lugar. Dou um jeito no coração. Eu quero ir. Sei que é difícil. Mas combinamos que eu seria mais paciente, mais carinhosa, mais compreensiva, menos paranóica e insegura, não foi? Vou tentar. Quem sabe pinta até um ciúmes de vez em quando? Eu quero ir. Aceito. Aceito cara feia, ciúmes, insegurança e medo de perder. Aceito. Só preciso de amor, compreensão, paciência e seu ombro. Eu quero ir. Ando meio pra baixo, mas é porque quero ir. E eu quero muito. E quero tanto, tanto. Então, só permita-me. Agora. Sinceramente. Mais que nunca. Verdadeiramente
Caminho ao seu lado. Quero ir aonde você for. Quero ir à casamento, quero ir à casa nova, quero ir à maternidade, quero ir à formatura das crianças, quero ir envelhecendo, quero ir com você. Só quero poder caminhar durante toda minha vida com você. Eu vou. 
 
 
 
 

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