sábado, 24 de dezembro de 2011


É que meu jeito é bem diferente. Se eu gosto fica carimbado na minha cara. E se eu não gosto fica estampado no meu rosto e na minha cara de nojinho. 
Não sei forçar uma cara boa.
Quem convive comigo sabe direitinho quando tem algo entalado na minha garganta.
 Já quem não me conhece jamais desconfia. É que, apesar de verdadeira, sou irônica. Tento rir das coisas, de mim, das minhas mancadas.
 Tiro onda da minha própria cara. E olha que me dou sérios motivos para isso.
Acho que está faltando um pouco de verdade nesse mundo. Falta fé. Falta você acreditar que pode agradar o outro sendo quem é. Sem ter que fazer mágica, já que a mágica está em poder viver bem consigo mesmo. E só.

Clarissa Corrêa



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