segunda-feira, 17 de dezembro de 2012


Eu fui só uma camiseta. Parte de suas prediletas, no qual ninguém tocava, ninguém usava além de você. Você não me usava todos os dias e também não andava comigo pra cima e pra baixo. Era duvidoso que a prioridade fosse despejada somente em mim, existindo tantas outras bonitas e que se encacham melhor no seu estilo de cores por ai. Era provável que você esquecesse ou se livrasse de mim em um determinado momento e porquê é semelhante a qualquer outro: “Ela não serve mais pra mim”. Após disso você comprou outra camiseta de acordo com a estação do ano e com sua preferência. E eu? Eu não tive mais utilidade pra você, possivelmente fui jogada no lixo, doada para alguém que precise ou até mesmo sido deixada no mesmo lugar de antes, no seu armário. Bem, isso não é algo que venha ter nexo. Comparar nós humanos com meras camisetas? Que ridículo, porém certo. Isso acontece o tempo todo e com uma grande naturalidade, não tem porque dramatizar isso. Não há motivo dramatizar isso quando não acontece conosco. Não há sentido em acreditar no “para sempre”, sabendo que acabaremos iguais à camiseta. Tudo que encanta normalmente vai embora, nada dura eternamente, mas por um deslize, eu realmente achei que contigo seria diferente.

Nathália F.