terça-feira, 31 de março de 2015








"Sometimes I think I have felt everything I'm ever gonna feel. And from here on out, I'm not gonna feel anything new. Just lesser versions of what I've already felt."


Her







Quando alguém de fora não entende nosso amor, brinco que você é quem me puxa pelo tornozelo quando o caos da cidade parece querer me engolir. Ou mando buscar aquela foto bacana que fiz de você com cara de quem não tem nada a ver com minha paz. Ou peço pra voltar ao maio que cedi meu suéter marrom e fiquei na maior pompa, segurando no osso o frio desgraçado. Ali, sem querer, predisse: vou cuidar de você.

Gabito Nunes in Cuidar de você (A manhã seguinte sempre chega)









Vou guardar tuas risadas graves, tuas luas cor de urano e seus abraços inesperados. Vou guardar também tuas prantinas suaves, tuas manias e as tuas imperfeições. E eu vou guardar tua quietude tão ávida, as conquistas e as lástimas. {…} e caso eu não recordar de nada, sequer dos anos, das estrelas, ou da brisa suave daquela tarde de sol, só me conta aquela história que a gente tanto riu no farol.

She & Him.






Amar não é só beijar e abraçar. É saber parar uma briga porque sabe que não vale a pena. É saber que nem sempre estará tudo bem. E acima de tudo saber que um te amo fortalece a relação, mesmo depois de brigar. Pelo simples fato de não desistirem mesmo passando por momentos difíceis.

Charles Bukowski.





domingo, 22 de março de 2015



Às vezes você não pode explicar o que viu em uma pessoa. É simplesmente a maneira que a pessoa te faz se sentir e que ninguém mais consegue.








Você não precisa trazer nada, só você mesmo. Você nem precisa dizer alguma coisa no telefone. Basta ligar e eu fico ouvindo o seu silêncio. Juro como não peço mais que o seu silêncio do outro lado da linha ou do outro lado da porta ou do outro lado do muro. Mas eu preciso muito, muito de você.

Caio Fernando Abreu







A gente ia ser feliz, a gente ia ser um do outro, a gente ia .. ia… ia… E não foi.

Cidades de Papel.








A verdade é que querendo ou não da saudade, muita saudade!.




terça-feira, 17 de março de 2015






Adeus, meu amor, logo nos desconheceremos. Mudaremos os cabelos, amansaremos as feições, apagarei seus gostos e suas músicas. Vamos envelhecer pelas mãos. Não andarei segurando os bolsos de trás de suas calças. Tropeçarei sozinho em meus suspiros, procurando me equilibrar perto das paredes. Esquecerei suas taras, suas vontades, os segredos de família. Riscarei o nosso trajeto do mapa. Farei amizade com seus inimigos. Sua bolsa não se derramará sobre a cadeira. Não poderei me gabar da rapidez em abrir seu sutiã. Vou tirar a barba, falar mais baixo, fazer sinal da cruz ao passar por igrejas e cemitérios. Passarei em branco pelos aniversários de meus pais, já que sempre me avisava. O mar cobrirá o desenho das quadras no inverno. As pombas sentirão mais fome nas praças. Perderei a seqüência de sua manhã - você colocava os brincos por último. Meus dias serão mais curtos sem seus ouvidos. Não acharei minha esperança nas gavetas das meias. Seus dentes estarão mais colados, mais trincados, menos soltos pela língua. Ficarei com raiva de seu conformismo. Perderei o tempo de sua risada. A dor será uma amizade fiel e estranha. Não perceberei seus quilos a mais, seus quilos a menos, sua vontade de nadar na cama ao se espreguiçar. Vou cumprimentá-la com as sobrancelhas e não terei apetite para dizer coisa alguma. Não olharei para trás, para não prometer a volta. Não olharei para os lados, para não ameaçá-la com a dúvida. Adeus, meu amor, a vida não nos pretende eternos. Haverá a sensação de residir numa cidade extinta, de cuidar dos escombros para levantar a nova casa. Adeus, meu amor. Não faremos mais briga em supermercado, nem festa ao comprar um livro. Não puxaremos assunto com os garçons. Não receberemos elogios de estranhos sobre nossas afinidades. Não tocaremos os pés de madrugada. Não tocaremos os braços nos filmes. Não trocaremos de lado ao acordar. Não dividiremos o jornal em cadernos. Não olharemos as vitrines em busca de presentes. O celular permanecerá desligado. Nunca descobriremos ao certo o que nos impediu, quem desistiu primeiro, quem não teve paciência de compreender. Só os ossos têm paciência meu amor não a carne, com ânsias de se completar. Não encontrará vestígios de minha passagem no futuro. Abandonará de repente meu telefone. Na primeira recaída, procurará o número na agenda. Não estava em sua agenda. Não se anota amores na agenda. Na segunda recaída, perguntará o que faço aos conhecidos. As demais recaídas serão como soluços depois de tomar muita água. Adeus, meu amor. Terá filhos com outros homens. Terá insônia com outros homens. Desviará de assunto ao escutar meu nome. Adeus, meu amor.

— FABRÍCIO CARPINEJAR






Que diferença faz? Porque no fim, quando você perde alguém, cada vela, cada oração não vai mudar o fato de que a única coisa que sobrou é um buraco na sua vida, onde alguém que você se importou costumava estar.

— THE VAMPIRE DIARIES.





Quero tudo novo de novo. Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais. Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes, ler mais. Sair mais. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinho, quero ter momentos de paz. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Quero ser feliz, quero sossego. Quero me olhar mais. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais. Não quero esperar mais. Quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero ousar mais. Experimentar mais. Quero menos ”mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais. 
E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.

— FERNANDO PESSOA.





Me entenda. Eu não sou como um mundo comum. Eu tenho a minha loucura, eu vivo em outra dimensão e eu não tenho tempo para coisas que não têm alma.

— CHARLES BUKOWSKI.








Bom, é mais ou menos o seguinte: eu tive um amor. E você sabe, essas coisas são complicadas demais, você sente sem medir a intensidade e sem pensar nos estragos que isso pode trazer, você só se entrega sem desejar nada impossível em troca, apenas uma mera reciprocidade ou apenas um sinal de que aquilo tudo não vai acabar em uma página amassada numa lata de lixo ao lado da escrivaninha. Eu tive um amor por muitos meses, mas sabe qual é o problema com tudo isso? Eu tive um amor, mas ele não me teve.

— TICKETS OF CASSIE






quinta-feira, 12 de março de 2015



Eu te amei desde o momento em que te vi. Eu te amei por séculos nestes poucos dias que passamos juntos na terra. Agora que a minha vida se conta por instantes, amo-te em cada momento por uma existência inteira. Amo-te ao mesmo tempo com todas as afeições que se pode ter neste mundo. Vou te amar enfim por toda a eternidade.

— José de Alencar.









Blind Devotion | Jubilee Project Short Film

quarta-feira, 11 de março de 2015


Eu passei boa parte da vida me enganando. Sabe aquela coisa de fingir que tudo está bem, que não doeu, que tá bom assim, que eu aceito, que aham, tá legal? Pois é, isso realmente não é nada, nada legal.

 Clarissa Corrêa






"A verdade, é que não há como ganhar o mundo, sem perder o nosso mundinho."





quinta-feira, 5 de março de 2015




Tive vontade de te procurar, de lavar minha alma, de me vasculhar. Só queria te falar tudo que sinto, que sei. Só queria me sentir bem, já que não ao seu lado, mas fazendo o bem a mim mesma. Sem vestígios de amor, sem dor, sem sofrer. Só desmontar a pirâmide de sonhos que você criou em mim, sonhos sobre nós, apenas de nós. De todo teu ser, o que me resta saber é se há mais alguma coisa que eu deva me arrepender. Se há em algum lugar, o vento a levará, para longe. Assim como você se foi, naquela tarde, era dezembro, e eu só pensava ”como te amei por tanto tempo?”.


— Helena Lino.






terça-feira, 3 de março de 2015





Se fosse pra eu dar um conselho pra todo mundo hoje seria: demonstrem o amor de vocês. Não percam nenhuma oportunidade de ficar perto de quem vocês amam. Não deixem distância nenhuma se tornar obstáculo. Hoje eu sei que a gente realmente não sabe o que o amanhã nos reserva, e a única coisa que a gente pode fazer é aproveitar tudo e todos como se hoje fosse o seu último dia.

Caio Fernando Abreu.






- Se você pudesse me resumir em uma palavra, qual seria?
- Encrenca.
- Não, sério.
- Nunca falei tão sério.
- Você costuma sair com garotas-encrenca?
- Acho que não sei fazer outra coisa.”

Gabito Nunes.




Mas, quanta gente ainda vai precisar morrer pra gente aprender a reagir? Pra gente se tocar que, não, as coisas não acontecem só com os outros? Que dirigir quase embriagado também dá morte? Que “fazer acordo” para ganhar seguro-desemprego e furar a fila do pão também são exemplos de corrupção? Quantos estádios modernos de futebol a gente ainda vai erguer para esquecer que tem gente morrendo na fila de um hospital grotesco? Se o seu apêndice estourar no meio da Copa, amigo, imagina a festa. Eu acho que nossa cara já está dormente de tanto apanhar. Tanto que a gente quase não sente mais nada, nem por nós mesmos, que dirá pelos outros.

Gabito Nunes. 








Ela olhou para mim, e o mundo inteiro desapareceu. Como se houvesse nós dois, como se sempre só fosse haver nós dois. E não precisássemos de magia para isso. Era meio que feliz e triste, tudo ao mesmo tempo. Eu não conseguia ficar perto dela sem sentir coisas, sem sentir tudo.

Dezesseis Luas.