quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

"Então eu disse pra vida: chega. Muda logo, vai. Antes que eu mude de opinião, ou te sacoleje, aja impulsiva e transtornada, como quando você insiste em dar erro. Desbanca esse papel de drama europeu, e pula logo pra parte do roteiro em que tudo fica mesmo nonsense, romance barato, novela mexicana. E o que fez ela, essa tratante? Parou. Estancou, estacionou. Deixou cada mastigada do que eu como sem gosto, cada gole do que bebo sem refrescar, e inanimada com qualquer novidade furtiva, que deveria emocionar. Esqueceu de aumentar o volume, e ainda, com a maior audácia, fez questão de pressionar o mute. Bandoleira. Jogou de volta pra dentro do baú de irracionais fantasias, e irreais expectativas todas as cores do arco-íris, sem esquecer, o tesouros que me danei pra ganhar, no caminho. (...)" 


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