sábado, 30 de agosto de 2014






"Minha mãe acha que é um traço falho do meu caráter, os amigos definem como fraqueza, a comunidade psíquica vê isso que eu tenho como uma espécie de colecionismo afetivo, uma doença. Gosto de chamar de Síndrome de Dom Quixote. Uma espécie de bloqueio que me impede de qualquer ascensão pessoal e profissional. Por mais que eu trabalhe, por mais que eu me ache bom no que faço, e por mais que as pessoas endossem isso, há sempre uma voz em mim. E não é humildade. É um trauma, dos grandes."

— Gabito Nunes, Ao Norte de Mim Mesmo.









"Haja o que houver, a vida sempre vai acabar esbarrando em corações bonitos, você só precisa estar pronta."

— Fernanda Myamoto.





"Carinho é quando a gente não encontra nenhuma palavra para expressar o que sente, e fala com as mãos, colocando o afago em cada dedo."

— O Teatro Mágico.





"Hoje, depois de ter dito muita coisa que magoou muita gente e ter ouvido muita coisa que me magoou, eu penso antes de falar. Eu respiro fundo e conto até cem mil se precisar. A palavra dita não tem volta. A ferida que ela causa dói muito."

— Tati Bernardi.









"O que eu ando fazendo? Investindo no 
sossego do meu próprio coração."

— Marla de Queiroz.







"(…) Não, não pense que é sempre bom, não sou a-toda-boa, a toda alegre o tempo todo, a toda amorosa constantemente. Eu sou estranha, tenho gestos e pensamentos e encanações e neuras e filosofias viajantes e temperamento salgado e toda uma série de e’s que não consigo ajustar aqui, agora, pra você, talvez por não saber ajustá-los nem pra mim. Mas deixa isso tudo pra lá, eu e a minha estranhice, estranheza, estranhagem, estranhamento, estranhação. Estranha ação. É isso aí, sou cheia de estranhas ações. Uma delas é tentar explicar o sentido de uma coisa que nem sentido faz."

— Clarissa Corrêa.






"Desisti do que ia falar. Você não precisa saber mesmo. A vida, o tempo, os acertos: todos darão um jeito de falar em voz alta. Eu não, ainda não posso. Desisti, porque assumir quem se carrega no peito, é corajoso demais para mim."

— Camila Costa.







"Tenho medo de já ter perdido muito tempo. Tenho medo que seja cada vez mais difícil. Tenho medo de endurecer, de me fechar, de me encarapuçar dentro de uma solidão-escudo. Ando meio fatigado de procuras inúteis…"

— Caio Fernando Abreu.






"O motivo do choro é saber que a vida é dura, mas o coração é mole. Bobo. O olho vermelho e inchado é por não saber ser rasa. E não saber exigir pouco dos outros e de mim. O motivo é essa insegurança que parece ser um órgão meu. É ver que a lágrima sai fácil como o riso frouxo. Sei, nem parece. Só quero mostrar agora que eu não sou essa fortaleza, essa menina disposta, e auto-suficiente. Esse lado é o que te deixo ver. Sou cheia de neuras, medos e fragilidade. O motivo do silêncio é ferir quem se aproxima quando aqui dentro dói. Por isso prefiro ficar calada agora. O motivo é o coração mole, na vida dura, que sempre apanha mas não muda."

— A Menina e o Violão.










"Não, você não precisa ter o abdômen do mocinho da novela, afinal eu adoro meus peitos naturais que se mexem de leve quando eu corro e desaparecem um pouco quando eu emagreço demais. Acho até que posso ficar com sua barriga pra sempre, mas já faz tempo que não acompanho nem uma semana seguida de qualquer novela. Eu não quero que você me busque num super potente carro, eu só quero que quando você me beije, eu não deseje mais nenhuma força do universo. Estou pouco me lixando se o restaurante tem várias cifras no guia da Folha, mas gostaria muito que a gente esquecesse das mesas ao lado e risse a noite toda, eu até brindaria com água sem bolhinhas. Sério que tem uma pousada mega-master com ofurô em cima da montanha e charretes cor-de-rosa que trazem o café da manhã? Dane-se, se você conseguir passar, nem que seja algumas horas, encantado pela gente, essa será a maior riqueza que eu posso ganhar. Sim, a tecnologia é mesmo fantástica, só que hoje eu queria sumir com você para um lugar onde não pegue o celular, não pegue A INTERNET, não pegue a televisão, mas que a gente, em compensação, se pegue muito. Sim, sim, música eletrônica é demais, celebrar a vida com os amigos é genial, pular bem alto é sensacional. Mas será que a gente não pode colocar um Cartola bem baixinho na vitrola e dançar sozinhos no escuro, só hoje? Será que a gente não pode parar de adjetivar o mundo e se sentir um pouco? Eu procuro você desde o dia em que nasci, não, eu não dependo de você nem para andar e nem para ser feliz, mas como seria bom andar e ser feliz ao seu lado. Só que estamos com um problema: vai ser um pouco difícil a gente se conhecer porque tenho evitado sair de casa."

— Eu só queria um namorinho no portão, Tati Bernardi.





segunda-feira, 18 de agosto de 2014







As únicas pessoas que você precisa ter em sua vida são aquelas que provam sob qualquer circunstância que precisam de você na vida delas!









É por isso que eu quero te agradecer: obrigada por me amar. Obrigada por estar ao meu lado quando eu mais preciso, quando me perco, quando não sei quem sou, quando mergulho e não encontro o caminho de volta. Obrigada por me amar nos meus dias ruins, quando estou assustada ou agressiva, chateada ou morna. Obrigada por me amar mesmo sendo mandona, mimada e brava. Obrigada por me amar quando não sei o que fazer, quando não consigo dizer ao certo o que preciso, quando o que aparece é só o meu avesso. Obrigada por amar minhas fraquezas, angústias e asperezas. Obrigada por amar minha sujeira, meu lixo interno, meu lado azedo e estragado. Obrigada por amar meu jeito muitas vezes infantil. Obrigada por amar meus defeitos, que não são poucos. Obrigada por amar minha forma desastrada de ser. Obrigada por me amar quando falo sem pensar, quando o filtro vai embora, quando surto, enlouqueço, grito ou vomito frases feias. Obrigada por me amar quando eu erro. Obrigada por me amar quando eu não sou tão legal. Obrigada por me amar quando o amor anda na corda bamba. Obrigada por me amar quando eu acabo esquecendo de gostar de mim. Obrigada por amar o que escolhi ser. Obrigada por amar quem eu sou e não quem você gostaria que eu fosse. Isso, sim, é amor. 

— Clarissa Corrêa.





quinta-feira, 7 de agosto de 2014





"Aquele sentimento me roeu da alma até o dedão do pé. Eu a olhei mais uma vez e tive certeza: você foi a maior tragédia da minha vida."

Charles Bukowski.








"Os meus ciúmes eram intensos, mas curtos. Com pouco derrubaria tudo. Mas, com o mesmo pouco, ou menos, reconstruiria o céu, a terra e as estrelas."

Machado de Assis