terça-feira, 26 de junho de 2012
segunda-feira, 25 de junho de 2012
Um dia você vai estar sozinho, vai fechar os olhos e tudo estará negro. Os números de sua agenda passarão claramente na sua frente, e você não terá nenhum para discar. Sua boca vai tentar chamar alguem mas não há alguém solidário o bastante para sair correndo e te dar um abraço, nem te colocar no colo ou acariciar seus cabelos até que o mundo pare de girar.
Nessa fração de segundos, quando seus pés se perderem no chão você vai lembrar da minha ternura e do meu sorriso infantil. Virão súbitas memórias gostosas dos meus abraços e beijos, da minha preocupação com você, e só vão ter algumas músicas repetindo no seu rádio: AS NOSSAS!
Em um novo momento você vai sentir um aperto uma pausa na respiração e vai torcer bem forte para ter nosso mundinho delicioso de novo. O nome disso é saudade. Aquilo que eu tinha tanto e te falava sempre.
E quando você finalmente discar meu número, ele estará ocupado demais, ou nem será mais o mesmo, ou até eu nem queira mais te atender.
E se você bater na minha porta ela estará muito trancada. Se aberta, mostrará uma casa vazia. Teu olhos te ensinarão o que é lágrimas, aquelas que eu te disse que ardiam tanto. O nome do enjoo que você vai sentir é arrependimento. E a falta de fome que virá chama-se tristeza.
Então quando os dias passarem e eu não te ligar, quando nada de bom te acontecer e ninguém te olhar com meus olhos encantados, você encontrará a famosa solidão.
A partir daí o que acontecerá chama-se surpresa. E provavelmente o remedio para toda essa sensações acima: É O TAL DO TEMPO EM QUE VOCÊ TANTO FALAVA!
Tati Bernadi
quinta-feira, 21 de junho de 2012
Tô precisando de um colo pra
chorar, tô precisando de alguém que diz ” fica” e que realmente me faça
ficar. Tô precisando de alguém que queira ser o meu bem. Que não me
faça esperar, e siga pela mesma estrada que eu, faça somar e seja só
meu. Tô precisando de alguém que tenha vontade de estar comigo, faça dos
seus braços meu abrigo, e me ajuda combater todos os meus medos e
minhas privações, tô precisando de alguém que não viva no passado nem
mate o futuro, que queira acima de tudo estar de bem comigo.
....Coração disparado. Não tem posição na cama. O que eu faço? Não tô a fim de ler, não tô a fim de ver TV. Aquelas outras coisas que se faz pra acalmar tô com preguiça agora, minha imaginação está indo toda para traçar um plano para que eu descubra. Descubra o quê? Não sei, mas sei que algo está acontecendo, ou eu não estaria assim. Porque eu sinto quando ele está com alguém, sabe? Eu sinto. (…) Eu preciso saber. Joga aí: ele está com alguma puta? Tati, eu não posso perguntar isso pras cartas. Pergunta aí: ele tá com alguma piranhuda desgraçada vagabunda vaca dos infernos? (…) Chega, chega. Preciso me acalmar. Pra que isso? Se ele estiver com alguém agora, e daí? Terminamos não terminamos? Ele e eu não temos nada a ver, certo? Decidimos que era melhor assim, certo? Eu não tava bem com ele e nem ele comigo, certo? Porque era bom e tal. Aliás, meu Deus, como era bom. Mas não era bom pra ficar junto, certo? Então pronto. Chega. Adulta, adulta. Qual o problema se ele estiver agora, justamente agora, lambendo a virilhazinha de alguma desgraçada? Qual o problema? Ok, eu posso morrer. Eu definitivamente posso morrer.
(Tati Bernardi)
"Você me tinha em suas mãos. E acho que o erro foi esse.
Você sabia disso e por isso não cuidou. Achou que eu sempre estaria nas
suas mãos. Mais um erro. Eu escapei, pelos teus dedos. E pedir
desculpas, pedir pra eu voltar, não vai adiantar muita coisa. Hoje estou
nas mãos do vento. E espero que ele me leve até alguém que cuide de
mim, dessa vez."
Querido John
"Mas, ao mesmo tempo eu queria acreditar que você era diferente, porque eu sempre tive esperança em você, sempre achei que você iria me fazer ver o mundo com outros olhos. Fiquei durante muito tempo pensando numa maneira certa de agir, foi aí que decidi esquecer
essa porra de quase-amor que eu sinto por você. E era isso que mais doía, o quase-amor, porque no fundo eu queria que fosse amor. Mesmo assim, insisti em colocar um ponto final."
Tati Bernardi.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Pensei em sumir. Desaparecer. Despistar. Fingir. Só que eu não vou. Vou me esforçar e acreditar que tudo vai ficar bem. A esperança nos mantém vivos, certo? A fé nos faz andar para a frente, certo? Então tá certo. Ficamos combinados dessa forma. Não espere poesia, linhas bem feitas, palavras bonitas. Simplesmente não posso. Agora não. Não sou de ferro.
E está doendo.
— Clarissa Corrêa
Encaixei os fones no meu ouvido e apenas acenei com a cabeça grosseiramente que “não”, não me importava o que aquele homem estava tentando me oferecer, eu não iria querer mesmo, não quero nada. Mas leia-me certo, não quero nada, mas preciso de tanto, preciso de um mundo novo — e de um sapato também — mas certamente aquele moço não estava me oferecendo um mundo… Ou estava, pensei. Logo corri de encontro ao homem que já estava longe, mas eu ainda podia vê-lo, corri e enquanto corria veio a imagem do moço me entregando um bilhete de loteria que por estar próximo aos meus pés, achou que fosse meu, talvez estivesse premiado, ah meu deus, poderia comprar um mundo e outro mundo só de sapatos pra mim. E outros mil pensamentos típicos de quando bate aquela esperança me veio em mente também, sabe?… E quando finalmente alcancei o moço, com um sorriso nos lábios perguntei: “Moço, o que queria me dizer?” e ele respondeu com a voz fraca, quase sussurrando:”Na verdade queria te pedir, linda moça!”. Ah como eu sou uma boba esperançosa, o moço estava em uma situação pior que a minha, dei um suspiro e meia volta, quando ele segurou no meu braço e disse:”Queria te pedir um mundo, um mundinho…”. Minha nossa, por que caralhos eu quis dar todo o meu mundo para aquele moço? E por que eu quis dar os sapatos também? Eu senti que tinha um mundo, mas dessa vez não pequeno, eu tinha um mundo de sonhos e esperanças, gigantesco, e não me doeria, nem um pouquinho, doar um pouco pro moço que me deu um mundo sem ter um.
domingo, 10 de junho de 2012
".. Mudaram as estações, nada mudou
Mas eu sei que alguma coisa aconteceu
Tá tudo assim tão diferente
Se lembra quando a gente chegou um dia a acreditar
Que tudo era pra sempre
Sem saber, que o pra sempre, sempre acaba
Mas nada vai conseguir mudar o que ficou
Quando penso em alguém só penso em você
E aí, então, estamos bem
Mesmo com tantos motivos
Pra deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar agora tanto faz
Estamos indo de volta pra casa .."
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Demorei muito para acreditar na mais louca e cruel verdade: quem gosta de você vai te tratar bem. Quem gosta de você se importa, quer o melhor, te procura, te liga, te dá satisfação. Quem gosta quer estar junto. Quem gosta demonstra. Quem gosta faz planos. Quem gosta apresenta para a família e amigos. Quem gosta manda uma mensagem bobinha só pra dizer que ama. Quem gosta carrega uma foto sua dentro da carteira pra ver quando dá saudade. Quem gosta abraça na hora de dormir. Quem gosta dá um beijo de boa noite e de bom dia. Quem gosta aguenta suas reclamações, sua cólica infernal, suas manhas e manias.
— Clarissa Corrêa
sexta-feira, 1 de junho de 2012
(…) Sentia vontade de chorar, mas não saia lágrima alguma. Era só uma espécie de tristeza, de náusea, uma mistura de uma com a outra, não existe nada pior. Acho que você sabe o que quero dizer, todo mundo, volta e meia, passa por isso, só que comigo é muito freqüente, acontece demais.
Charles Bukowski.
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