terça-feira, 31 de maio de 2011



Te amo bicudinha.
sz'



A verdade é que quando você volta, eu mando você ir embora de novo. E quando você vai embora, eu quero que você volte mais uma vez. É que quando você volta, eu me lembro que as coisas nunca vão ser do jeito que eu queria, e aí eu tenho certeza que se for assim eu fico melhor sozinha. E quando você vai embora de novo, eu me lembro que eu prefiro te ter pelo menos por perto do que não te ter de qualquer jeito.



segunda-feira, 30 de maio de 2011




Eu posso falar mais alto
Será que você vai ouvir?
Não precisa dizer a verdade, basta não mentir
Posso fazer tudo de novo
Será que você vai aprender?
Perdão é a dor que não lembra sem nunca esquecer

Eu posso gritar e chorar
Até o céu explodir
Posso arrancar os cabelos
E até deixar de existir
Eu posso te dar meus problemas
Mas você vai perder
Posso atacar seus defeitos
Mas não sei qual escolher

Eu estou aqui
Flutuando como se fosse feitiço
Eu estou aqui
E comecei a não ter nada mais com isso

Eu posso falar mais alto...
Eu vou acabar indo embora
E você não vai saber
Quando olhar nos meus olhos
E nunca mais e nunca mais se ver

Foi só eu deitar e dormir
Pro meu coração virar uma ferida
Eu sou muito jovem pra achar
Que são coisas da vida



domingo, 29 de maio de 2011



“Talvez eu sinta para sempre esses arrepios como quem tem uma doença crônica. Um reumatismo de amor que de vez em quando finca e maltrata. Depois passa. E volta – não há como virar uma página que insiste em crescer de novo diante dos meus olhos. Que insiste em se reescrever.”



Cristiana Guerra


“Porque pra te amar mais, eu tenho que te amar menos. Porque pra morrer de amor por você, eu tive que não morrer. Porque pra ter você por perto um pouco, eu tive que não querer mais ter você por perto pra sempre. E eu soquei meu coração até ele diminuir. Só pra você nunca se assustar com o tamanho.”



sexta-feira, 27 de maio de 2011


Eu olho pra sua tatuagem e pro tamanho do seu braço e pros calos da sua mão e acho que vai dar tudo certo. Me encho de esperança e nada. Vem você e me trata tão bem. Estraga tudo.Mania de ser bom moço, coisa chata. Eu nunca mais quero ouvir que você só tem olhos pra mim, ok? E nem o quanto você é bom filho. Muito menos o quanto você ama crianças. E trate de parar com essa mania horrível de largar seus amigos quando eu ligo. Colabora, pô. Tá tão fácil me ganhar, basta fazer tudo pra me perder. E lá vem ele dizer que meu cabelo sujo tem cheiro bom. E que já que eu não liguei e não atendi, ele foi dormir. E que segurar minha mão já basta. E que ele quer conhecer minha mãe. E que viajar sem mim é um final de semana nulo. E que tudo bem se eu só quiser ficar lendo e não abrir a boca. Com tanto potencial pra acabar com a minha vida, sabe o que ele quer? Me fazer feliz. Olha que desgraça. O moço quer me fazer feliz. E acabar com a maravilhosa sensação de ser miserável. E tirar de mim a única coisa que sei fazer direito nessa vida que é sofrer. Anos de aprimoramento e ele quer mudar todo o esquema. O moço quer me fazer feliz. Veja se pode. Não dá, assim não dá. Deveria ter cadeia pra esse tipo de elemento daninho. Pior é que vicia. Não é que acordei me achando hoje? Agora neguinho me trata mal e eu não deixo. Agora neguinho quer me judiar e eu mando pastar. Dei de achar que mereço ser amada. Veja se pode. Anos nos servindo de capacho, feliz da vida, e aí chega um desavisado com a coxa mais incrível do país e muda tudo. Até assoviando eu tô agora. Que desgraça. Ontem quase, quase, quase ele me tratou mal. Foi por muito pouco. Eu senti que a coisa tava vindo. Cruzei os dedos. Cheguei a implorar ao acaso. Vai, meu filho. Só um pouquinho. Me xinga, vai. Me dá uma apertada mais forte no braço. Fala de outra mulher. Atende algum amigo retardado bem na hora que eu tava falando dos meus medos. Manda eu calar a boca. Sei lá. Faz alguma coisa homem! E era piada. Era piadinha. Ele fez que tava bravo. E acabou. Já veio com o papo chato de que me ama e começou a melação de novo. Eita homem pra me beijar. Coisa chata. Minha mãe deveria me prender em casa, me proteger, sei lá. Onde já se viu andar com um homem desses. O homem me busca todas as vezes, me espera na porta, abre a porta do carro. Isso quando não me suspende no ar e fala 456 elogios em menos de cinco segundos. Pra piorar, ele ainda tem o pior dos defeitos da humanidade: ele esqueceu a ex namorada. Depois de trinta anos me relacionando só com homens obcecados por amores antigos, agora me aparece um obcecado por mim que nem lembra direito o nome da ex. Fala se tão de sacanagem comigo ou não? Como é que eu vou sofrer numa situação dessas? Como? Me diz? Durmo que é uma maravilha. A pele está incrível. A fome voltou. A vida tá de uma chatice ímpar. Alguém pode, por favor, me ajudar? Existe terapia pra tentar ser infeliz? Outro dia até me belisquei pra sofrer um pouquinho. Mas o desgraçado correu pra assoprar e dar beijinho.



Sempre achei que esse amor era coisa de quem não tinha nada melhor para fazer. Eu só o sentia porque estava infeliz naquela vida pacata. Só por isso. Resolvi então agitar a vida pacata. E comecei a sair mais de casa, enxergar as pessoas ao meu redor, mais viagens, mais baladas. Amor é coisa de gente pacata e agora que eu tinha uma vida agitada, poderia, finalmente, mandar esse amor embora. Tchau, coisinha besta. Nada feito. Só piorou. Acordava e ia dormir com ele engasgado aqui. Ficava inconformada. Mas aí concluí: amor é coisa de quem tem tempo pra pensar nele. Claro, mesmo com a semana agitada entre faculdade e trabalho, eu fico em casa o fim de semana todo, alegando cansaço, no silêncio das minhas coisas, claro que acabo pensando besteira. Aquele papo de mente desocupada casa do diabo, sabe? Amor do diabo. Fui procurar Jesus. Depois de dez passes e de ler todo o Evangelho Espírita, achei que ficaria tudo bem. Ficou nada. Eu só parei de sonhar que botava fogo no apartamento do ser amado ou que arrancava os olhos de todas as mulheres do mundo. Parei, talvez, de odiar o amor. Mas o amor, na verdade, ficou lá. Duro que nem pedra. Daqueles que não vão embora nem com reza brava. Amor adolescente, pensei. Com certeza, se eu virar mulher, esse amor bobinho passa. Amor de menina boba. Tratei, então, de virar mulher. Quem sabe mudando o visual, esse amor não se mudava de mim? Nada feito. Cabelo novo, roupas novas, sapatos novos, novas contas pra pagar. E o mesmo coração idiota. O mesmo amor de sempre. Coisa chata, não? Ah, que que é isso! Amor deve passar com um novo amor, não? Olha lá aquele menino bonito te olhando, o outro que escreve bonito, o outro que te faz rir um monte, tem também aquele ali, com mão firme. Nada. Nenhum deles foi capaz de me salvar, de substituir minhas células cansadas em sentir sempre a mesma coisa. Nenhum foi capaz, nem por um segundo, de me levar para passear em outros tormentos. Ou outras alegrias. Qualquer outra coisa que seja. Aí veio a idéia brilhante. Será que se eu mergulhasse de cabeça na estupidez desse amor, não me curava? Será que se eu, por um minuto apenas, parasse de sentir tudo isso de dentro da grandiosidade que eu inventei para tudo isso e enxergasse de perto como tudo é tosco e pequeno, eu não me curava? Só piorou. De frente para ele e suas constatações tão absurdas a respeito de tudo, só consigo sentir ainda mais amor. E quanto mais e maiores motivos para não sentir, ele e a vida me dão... Adivinhem? Sim, o amor cresce. Irresponsável, sem alimento, sem esperança e de uma burrice enorme. Ainda assim, forte e em crescimento. Mas esse amor, ah, esse amor é coisa de quem não ama a própria vida. Se um dia, um dia eu pudesse realmente ser uma Jornalista. Ou até, nossa, se eu pudesse trabalhar na televisão sabe? Esse amor iria embora, claro. Nada feito. Estou aqui graças a minha maior qualidade: a fé. Sim, isso só não funciona pro amor, mas pra todo resto na minha vida acreditar sempre funcionou. Tudo certo com a minha vida. Ou quase tudo certo. Ainda sinto esse amor ridículo. Essa coisa infernal que me vence todos os dias, todos os minutos. Quantos bons contatos me admiram e me elogiam. Ainda bem que alguém além de mim acredita em mim. É tanta coisa boa acontecendo, tanta gente boa se aproximando que tá na hora de acordar. Enxergar. Receber. Taí. Tá bom. O amor venceu. Você venceu. Venceu. Venceu. Venceu. E eu acabo de descobrir, simples assim, a única maneira de me livrar desse sentimento: aceitando ele, parando de querer ganhar dele. Te amo mesmo, talvez pra sempre. Mas nem por isso eu deixo de ser feliz ou viver minha vida. Foda-se esse amor. E foda-se você. 

Tati Bernardi

 

Que a gente brigue de ciúmes, porque ciúmes faz parte da paixão, e que faça as pazes rapidamente, porque paz faz parte do amor. Quero ser lembrada em horários malucos, todos os horários, pra sempre. Quero ser criança, mulher, homem, et, megera, maluca e, ainda assim, olhada com total reconhecimento de território. Quero sexo na escada e alguns hematomas e depois descanso numa cama nossa e pura. 

 

Eu não quero outro canto, eu quero insistir no nosso canto.



Não ligue pro que ele vão falar
Ninguém está aqui no meu lugar
Nem sentem o que eu sinto por vocÊ
Ninguém entende nada
Eles nunca vão saber
Não deixe um sussurro te assustar
Nem pense como eles vão pensar
Só ouça nosso corações bater
Não precisa dizer nada
Eles nunca vão saber
Como é não ser só
Como é amar sem sofrer
Como é gostar e querer
Como é ter alguém como você

quinta-feira, 26 de maio de 2011


E quando já não sei mais o que sentir por você, eu respiro fundo perto da sua nuca,
 e começo a querer coisas que eu nem sabia que existiam


terça-feira, 24 de maio de 2011

Uma linha invisível conecta os que estão destinados a se encontrar,
 apesar do tempo, do lugar, apesar das circunstâncias. 




Talvez se eu não tivesse tanto medo de te perder assim, enquanto ainda é noite, porque o outro dia é sempre um outro dia. Talvez se eu não sentisse saudade de você quando você diz “Vou ali na esquina” e eu escuto “Vou ali em Chicago e não sei quando volto”. Se eu não te quisesse tanto só pra mim. Se eu não precisasse tanto dessa tua voz rouca que eu gravei naquela manhã. Talvez se eu não gostasse tanto desse seu ciúme bobo e desse teu carinho de leve na curva da pele. Talvez se você não tivesse tanta confiança assim, que eu sou sua e me achasse como o resto do mundo: intimidante-criança-assustada. Se você tivesse medo, mesmo que um pouco, talvez eu não tivesse tanto medo de você assim. Eu seguro na tua mão enquanto você dirige e nem olho para estrada porque eu confio, quero confiar mais, em você. Talvez se eu não te quisesse tanto, você iria me querer mais. Talvez se eu gostasse menos desse teu jeito forte, desse teu jeito corajoso de insistir em alguém tão doida, você gostasse um pouco mais de mim e ficasse, talvez, daquele nosso jeito que ninguém acredita, mas que espera muito: Para sempre.


segunda-feira, 23 de maio de 2011


Amava seus erros assim como amava os acertos, porque o que eu amava, enfim, era você.



De repente me passa pela cabeça que você pode estar detestando tudo isso e achando longo e choroso e confuso. Mas eu não quero ter vergonha de nada que eu seja capaz de sentir.



Quando olho para o céu a primeira coisa que eu lembro é de você. não porque é uma das coisas que amo, embora também esse seja o motivo, mas é por que o céu está distante de mim, assim como você está. Não posso tocá-lo, senti-lo. se me perguntassem, o que eu mais desejaria aqui e agora eu diria que queria você e só você, não sei se isso é tanto egoísmo, mas é que eu realmente preciso de você, preciso senti-lo, e meu corpo e meu coração necessita disso.!


sábado, 21 de maio de 2011



TE AMO
sz




Fora tudo o que guardei de você, me restou a consideração que você guardou por mim.



Sim, a tecnologia é mesmo fantástica, só que hoje eu queria sumir com você para um lugar onde não pegasse o celular,não pegasse a internet, não pegasse a televisão, mas que a gente, em compensação, se pegasse muito. 


quinta-feira, 19 de maio de 2011



Como faz pra te ter para sempre?

Tem que te fazer sorrir todos os dias? Eu faço. Tem que te beijar o tempo todo? Eu beijo. Tem que morder sua covinha? Eu mordo. Tem que te deixar cheio de vontade? Eu deixo. Tem que ser o motivo da sua maior gargalhada? Eu serei. Tem que te provocar? Eu provoco. Tem que te acompanhar em todos lugares? Eu acompanho. Tem que te fazer se sentir seguro e amado? Eu faço. Não conheço a palavra “limite” quando o assunto é te fazer feliz. Não conheço a palavra “fim” quando o assunto é nós dois.






Quando você realmente quer, você realmente precisa, você vai atrás. Você liga, você procura. Quando você realmente quer, você prova que ama, você cria expectativas, você vive, baseia-se na teoria mal resolvida que é estar à dois, mas como um só. Você sorri, você compartilha, você abraça, você sente. Quando você realmente quer, você não desisti, você não abre mão. Quando você realmente quer você está presente até na ausência.




Mas quer saber? Eu olho pra ele e fico pensando sozinha: será que alguém nesse mundo faria o que ele faz por mim? Porque ele me escuta, me aguenta, me mima, me inspira, me faz sentir a mulher mais linda e especial do mundo. E eu acredito nele, acredito em mim e acho que o amor é a coisa mais egoísta que existe. A gente ama o outro por tudo aquilo o que ele nos faz sentir… E ser…
Fernanda Mello


terça-feira, 17 de maio de 2011

 
"E eu não sei explicar. Acho que é uma questão de amor." 

Caio Fernando Abreu 
 
 

domingo, 15 de maio de 2011


Ao contrário de todo mundo, que fica se ressentindo ‘porque ela me deixou, não sabe o que perdeu’, eu não tenho medo de dizer: Eu é que fui covarde e babaca

sábado, 14 de maio de 2011


É,
Só eu sei
Quanto amor
Eu guardei
Sem saber
Que era só
Pra você.

É, só tinha de ser com você,
Havia de ser pra você,
Senão era mais uma dor,
Senão não seria o amor,
Aquele que o mundo não vê,
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.
O amor que chegou para dar
O que ninguém deu pra você.

É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
É, você que é feito de azul,
Me deixa morar nesse azul,
Me deixa encontrar minha paz,
Você que é bonito demais,
Se ao menos pudesse saber
Que eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim.
Eu sempre fui só de você,
Você sempre foi só de mim
 
 

Depois de tantos amores estranhos, pequenos, errados e tortos, finalmente eu tinha reconhecido no seu olhar centralizado e no seu sorriso espalhado, a minha princesa! E só olhar pra você, ouvir sua voz, faz tudo ficar mais feliz. Algumas pessoas simplesmente valem a pena.”  

Tati Bernardi

 

sexta-feira, 13 de maio de 2011


Eu olhei pra ela e sorri. Sorri. Porque se a pessoa mais doce que já conheci, se a pessoa mais sensível que já conheci, se a pessoa que me garantiu, segurando firme meu corpo no meio da noite, eu sempre querendo ir respirar pra fora do amor, e me disse que tudo bem, eu podia ficar.. 


..Pode ser pra sempre
Pode não ser mais
Pode ter certeza e voltar atrás
Pode ser perfeito
Fruto da imaginação
Pode ter defeito de fabricação
Tá faltando peça no quebra-cabeça
Eu não tenho pressa
O meu tempo é todo teu
É tudo que eu posso oferecer
É pouco
Mas é tudo que eu posso oferecer
É quase nada
Mas é tudo que eu posso oferecer
Pode estar no ponto
Ponto de interrogação
Pode ser encontro ou separação
Pode correr risco
Arriscado sempre é
Só não pode o medo te paralisar..





quarta-feira, 11 de maio de 2011


"O amor não resolve nada. O amor é uma coisa pessoal, e alimenta-se do respeito mútuo. Mas isto não transcende o colectivo. Levamos já dois mil anos dizendo-nos isso de amar-nos uns aos outros. E serviu de alguma coisa? Poderíamos mudá-lo por respeitar-nos uns aos outros, para ver se assim tem mais eficácia. Porque o amor não é suficiente."





Não quero prolongar esses pensamentos, essas dúvidas, essa coisa que não é amor nem paixão, não me fere, não me cura. Transborda todo impotente, sorrindo desarmado, acabando com todas minhas chatices e inconstâncias. Sumido, desavisado mas que quebrou minhas pernas. Me deu vontade de crescer antes da hora. Suavizou todo o meu pecado, me fez dançar, soltar as mãos e os dedos dos pés. E consegue tudo de mim, não entendo, mas consegue. Consegue até o que eu não imagino: todas as minhas chances, cores e ritmos. Ele não cura minha angústia existencial, meu prazer por poucos detalhes nem minha carência por abraços mas mesmo assim, toda vez que me toca a nuca visando o meu rosto, me enche de vontade de ser mulher.




* E por que eu ainda gosto dele ?
- Porque ele te fazia bem, você se sentia bem com ele.
* É, e será q vai demora muito pra eu achar outra pessoa, que vai fazer eu me sentir assim?
- Eu queria saber te responder. Queria falar que vai achar, mas eu falei isso pra mim mesmo e só me ferrei.
* Pois é amiga, será que é tão dificil querer alguém? =/
- Acho mais difícil encontrar e ter alguém que vai estar realmente disposto a te querer.
* Pelo visto é mais difícil do que eu imaginava.
- Se é amor, se é... 



Eu brigo, deixo de falar. Guardo mágoa, deixo escorrer a dor pelos olhos toda vez que não me dirige uma palavra. Dói mais ainda quando me nega um olhar. Nosso gênio forte e a forma fria de dizer que ama. Sinto vontade de chegar do trabalho e deitar na tua cama, com o teu jogo de "O que você prefere, doce?", para me fazer pegar no sono e você ter que me carregar até meu quarto. Sinto falta de você tocando meu dedinho do pé, porque sabe que isso me faz rir. Eu sinto que não é tarde demais pra te abraçar de novo, mas parece que algo me impede. Esse algo deve ser esse meu orgulho ferido. Essa culpa que me atormenta toda vez que sai pela porta desejando nunca mais me ver. Mas eu sei que não é tarde demais, eu sei que me falta coragem de voltar atrás. Dói te ver apenas pelo retrovisor do carro todas as manhãs. Sinto falta de andar com o braço pela sua cintura e perguntar do que a sombra é feita. É falta de te ver aos sábados deitado no sofá com uma das mãos desembaraçando meus cabelos. É de você me chamando de doce. Sinto falta das tuas ligações ao meio-dia, todo os dias. Falta de encostar no teu ombro pra sentir teu cheiro e ficar sorrindo ao olhar seus olhos mudando de cor por causa do Sol. Sinto falta de dizer que meu amor por você era maior que um pote cheio de bala de goma, que costumava me dar aos finais de semana quando pequena. Mas eu não posso mais viver uma vida forjada de lembranças boas. Eu realmente preciso aceitar que essas coisas não voltam mais. Por mais que eu tente ou por mais que eu finja não acreditar, a gente já viveu o tempo certo. Só prezo para que, quando não for realmente tarde, você perceba que o tempo todo, meu tempo era teu


terça-feira, 10 de maio de 2011

Pegou as chaves, bateu a porta e saiu triunfal. E dali a diante seria ponto final. Não haveria uma continuação daqui alguns meses e nem um possível reencontro daqui quinze anos. Não haveria mais noites sobre a luz da lua e nem versos improvisados a luz do sol. Nesse jogo de perdas, coube a mim perder você. Entre tanto silencio que em mim ficou acabei perdendo o som da sua voz, a maciez do seu toque, e a doçura dos seus lábios ao vento, o tempo está apagando pouco a pouco a sua imagem do meu pensamento. Já mal consigo me lembrar do jeito que me mimava, não consigo recordar como era ter você aqui todos os dias. A verdade é que o tempo pra mim não curou nada, só me tirou as lembranças, porém a saudades, a dor e o amor ainda permanecem aqui. Há dias que eu tenho que procurar por você em meus pensamentos, não quero esquecê-lo por inteiro, não quero perder o que me resta sobre você, não estou te pedindo pra ficar e nem pra voltar daqui alguns dias, não é isso, eu só quero que saiba que eu te amarei todos os dias.







 
..Eu sei
Você é mais pra mim do que eu sei
Do que eu posso só
Imaginar
Você faz promessa e jura
Jura que um dia
Você vai ficar
Mas você
É que não sabe
Que já ficou preso
No meu peito preso
Feito amor preso
No meu peito feito o ar..




..Quem tem um sonho não dança meu amor..



Acordei no susto. Coração acelerado, disparado, descompassado, esmagado de medo. O palpitar do músculo me fez abrir os olhos para a manhã quase azul ou cinza – vermelha talvez. Numa dessas noites de março ou de abril - não me recordo - sonhei que você tinha morrido, e por isso o desespero. Foi realmente assustador. Antes e apesar de você morrer – no sonho – aquela de longe era a melhor alucinação – e verdade - dos últimos meses. Você me aparecia calma, com sua postura de mulher madura, com seus lábios contraídos em um pequeno sorriso, vestido toda de branco, linda -, quase como me apareceu na primeira vez, no primeiro sonho que tive com você. Dessa vez foi mais difícil chegar perto de ti, não que houvesse alguma barreira humana nos separando, mas porque tu me parecia completamente intocável – talvez tenha sido isso que você evitou tanto, não é? Queria ser tocada, sentida, mas havia o medo e tantas outras coisas, eu sei. Afundando-se cada vez mais no irreal, típico sujeita digna de se levantar uma estátua em alguma praça em um lugar remoto - intocável. Mas naquele momento você era apenas você, sem nenhum artificio. E eu precisava – mais do que nunca – te tocar, te sentir. Desejava com todas as minhas forças que ao estender o braço, e depois os dedos lentamente, eu conseguisse te alcançar. Ridiculamente então perguntei: "Posso te tocar? Preciso saber se você é mesmo real, se voce realmente existe". Eu precisava te conhecer antes de voce ir e você só podia ir se me conhecesse, assim me parecia. E tu com sua face tranquila me olhava como se visse em mim alguma de suas personagens inquietas e perdidas. Fechando os olhos então voce assentiu, feito uma mestra antiga, parecendo aquelas coisas de zen budismo, de uma mulher que sabe o que faz - ou não. Totalmente real, entendi assim que senti seu cheiro de dores. Eu te olhava fixamente como se esperasse entender tudo o que tinha dentro de você. Ah! Se eu pudesse te virar do avesso e saber todos os motivos que tinham chamado tanto minha atenção. E eu sabia, embora revestido de exageros e ficção, eu sabia o quão dolorido eram seus dias – porque os meus também eram. E sua dor era a minha e de muita gente, suas verdades abriam a tampa dos meus sufocos e criava – sem querer – novas angustias, mas que eram tão suas que eu não ousaria tomar conta. Queria saber a razão de todas as fugas, de todas as palavras cortadas, de todo o sangue derramado nas linhas – mas mesmo te perguntando você apenas respondia: é a vida baby, apenas a vida, um dia de merda, outro dia de hortelãs e violetas. A vida te fez assim, plenamente feliz em sua tristeza, e por ter te feito assim acabou também por me transformar em um poço sem fundo, mas completo e sólido. Só por você existo, porque sou apenas mais uma de suas invenções, sou descrita em seu olhar – agora brilhante – com minha nudez repentina, de querer tirar tudo que é acúmulo desnecessário em mim, de não querer deixar a xícara transbordar. E tu a favor desse excesso, dessas borboletas feias, dessas ervas daninhas, dessa dor peneirada e transformada em coisas que só você sabe dizer, só você e ninguém mais. Tudo estava perfeito, eu te contava tudo e declamava com vontade todos os versos que eu pacientemente decorei. Não sei se você gostou de ouvir da minha boca todo o seu escuro, todo o seu breu claro como luz. Deve ter sido difícil, tanto tempo apenas dizendo, esperado, se entregando. Sim, eu quis dizer que me afastava porque vezenquando você me doía muito, mas não disse, não me soava necessário. E tudo era natural, você de carne e osso feito eu, tão frágil meu Deus, vontade de te cuidar, de te pegar no colo, de dizer que te cuido, de dizer que posso ser sua história feliz, de dizer que não deixo que te matem, que te façam sofrer tanto. Tenho certeza que você colocaria as verdades em frases perfeitas e talvez não acabaria em uma história tão feliz assim, mas seria apenas minha e sua. Eu pegaria sua mão e não partiria sem dizer nada naquele ônibus, eu estaria além do ponto, te mandaria cartas bonitas e chegaria perto, seria o dragão a morar contigo, jogaria fora meus sapatinhos vermelhos pra te dizer que Paris pode sim ser uma festa, que eu não me importaria se houvesse um corpo de homem que por coincidência seria um corpo de 'homem' igual ao meu, e faria tudo que ainda nem sei como funciona. Se tudo isso acontecesse você pararia não é? Por isso nada aconteceu. Não chegou a ser. O sonho estava prestes a se tornar pesadelo, se tornar o motivo do desespero amanhecido. Estava sentada ao seu lado, você meditava ou olhava o horizonte, te via apenas de perfil e respeitava seu silêncio, porque a conhecia. E foi nesse momento que as coisas mudaram. Não sei como aconteceu, mas quando me vi estava debruçada no chão com apenas um pensamento estampado na cabeça, algo como um: isso não pode acontecer, tive tão pouco tempo. E como numa epifania eu vi que aquele carro que passava diante de nós não era apenas um carro, mas sim pessoas da realidade tentando acabar com sua fantasia. Que aquele metal preto não era apenas um metal preto, mas uma arma. E que aquela mancha vermelha bem no meio da sua testa – agora vista de frente – não era apenas uma mancha daquelas, era sangue, um sangue de um tiro silencioso e mortal. Eu pensava: não é assim que você morre, não tem que ser assim, justo agora. Sai correndo, de covardia – mais do que de susto. Pulei os portões, as grades. Apesar do primeiro instinto de própria salvação, eu precisava avisar alguém, o rádio, a tv talvez, dizer que você foi assassinada, dizer que... O coração acelerado, disparado,descompassado, esmagado de medo. Pensei antes de abrir os olhos: pelo menos te conheci antes de você ir e você me conheceu, podendo ir assim em paz. Como se eu fosse importante, seu diálogo bem mais construído, como se você quisesse ter aparecido pra mim em sonho – pela segunda vez. Levantei da cama na manhã azul ou cinza – vermelha talvez, caminhei lentamente até a máquina de escrever, e você estava ali, viva, olhos pequenos, concentrado nos papéis, contraindo os lábios em um pequeno sorriso, me chamando pra ver o que tinha acabado de escrever, mas dessa vez eu não ousei chegar perto, eu nem ao menos ousaria te tocar – não depois de tudo.


Ô , minina, eu já tô com uma saudade enorme, você tem que vir logo, senão terão que me mandar maçãs e fotonovelas, pelo reembolso postal, para a clínica psiquiátrica onde serei internado – de pura carência.'


 
"Parabéns para você, que tem um sonho. Que não desiste, apesar do que falam. Que não se abala, apesar do medo. Que sente uma fraqueza interna, mas caminha com passos firmes. Que fica tonta, mas não desmaia. Que apesar de cada pedra no caminho, corre. Que reclama dos problemas, mas entende que a vida é feita deles. Que tenta entender o defeito alheio – e procura perceber os seus."




 
" E quando teu sol for chuva, deixa molhar."
 
 

segunda-feira, 9 de maio de 2011


"Já não sou o mesmo, como você também não é. Endureci um pouco, desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções. Dar um rolé em cima disso não vai ser nada fácil. Eas marcas ficarão tatuagens.
Quero muito te amar e me encontrar contigo. Mas não sei se conseguiremos e tenho medo."



Eu lembro que se estamos juntos é porque, todos os dias, ao acordar e nos olharmos tão frágeis, tão fortes, tão vulneráveis, tão entregues, nós fazemos novamente a escolha de ontem, e cumprimos o resto do dia alimentando esse 'estarmos juntos' com intensidade e delicadeza. Eu fico pensando nos nossos ajustes e na vontade que temos de sabedoria em meio a toda essa embriaguez da paixão. E acho que se esse ainda não é o caminho certo, pelo menos, é o mais bonito por enquanto. E o que me deixa mais inteira, a cada passo. E fico pensando enquanto avanço: eu amo construir a mesma estrada com você... Eu amo morar no teu abraço.

Te amo <3
 
...Eu acredito é em suspiros, mãos massageando o peito ofegante de saudades intermináveis, em alegrias explosivas, em olhares faiscantes, em sorrisos com os olhos, em abraços que trazem pra vida da gente. Acredito em coisas sinceramente compartilhadas. Em gente que fala tocando no outro, de alguma forma, no toque mesmo, na voz, ou no conteúdo. Eu acredito em profundidades. E tenho medo de altura, mas não evito meus abismos. São eles que me dão a dimensão do que sou.
 
(M. de Queiroz) 
 
 
 
Vem me ensinar a falar, vem me ensinar ter você.
Na minha boca agora mora o teu nome, é a vista que os meus olhos querem ter sem precisar procurar, nem descansar e adormecer.
Não quero acreditar que vou gastar desse modo a vida, olhar pro Sol só ver janela e cortina.
No meu coração fiz um lar, o meu coração é teu lar, e de que me adianta tanta mobilia se você não esta comigo?



sábado, 7 de maio de 2011


Ele - Aíleitesal.
eu&ela - Ele tá falando inglês o.ô
eu&ela - what your name?
(...) Passado um tempo:
Uma moça tosse.
Ele - eu tenho um remedio pra isso
eu&ela - ele fala português  O.O
Ele - Aí, Leite, Sal



Não deixe de acreditar no amor, mas certifique-se de estar entregando seu coração para alguém que dê valor aos mesmos sentimentos que você dá, manifeste suas idéias e planos, para saber se vocês combinam, e certifique-se de que quando estão juntos aquele abraço vale mais que qualquer palavra…
Luís Fernando Veríssimo




Não. Eu não sei ate quando isso vai durar. Pode ser que amanhã eu acorde te amando menos, ou, talvez, nem te ame mais. É difícil, mas não impossível. Mas hoje, confesso que posso afirmar com toda a certeza do meu ser que és tudo pra mim. Jamais esperei sentir algo assim, mas sinto. Então, por favor, não permita que tudo isso se perca, não permita que eu acorde amanhã buscando outro sentido pra minha vida, buscando qualquer outra coisa que não seja você. Não quero, não espero isso. Se aconteceu, foi por uma razão. Mas sou apenas a personagem de uma história na qual o autor é você. Rendi-me a ti, te dei o direito de escrever o nosso fim. Torço para que seja um final feliz, ou, então, para que você largue tudo, venha comigo e deixe assim, sem um término, o resto,creio eu, que nossos corações serão capazes de decidir.