quinta-feira, 28 de abril de 2011
“Eu que faço a massagem, o carinho, eu que mordo, assopro, lambo e mais esse monte de coisa. Quase tenho saudade da entrega perfeccionista que só os feios e os pobres têm como qualidade. Mas passa rápido. Ele pede, reclama, dorme, acorda, pede mais. Sim, querido. Deixa tudo comigo, apenas exista. Pessoas como você apenas precisam existir e nada mais..”
“E você continua indo embora, e eu continuo ficando, vendo você levar partes de mim que antes eu nem sentia falta. E você continua escrevendo sua história pulando linhas, errando palavras, esquecendo os títulos. E eu continuo escrevendo seu nome com letras cheias, para tentar preencher você de alguma maneira. Pra tentar deixar tangível a sua existência."
“Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim, que nada nesse mundo levará você de mim. Eu sei e você sabe que a distância não existe, que todo grande amor só é bem grande se for triste. Por isso, meu amor, não tenha medo de sofrer, que todos os caminhos me encaminham pra você. Assim como o oceano só é belo com luar, assim como a canção só tem razão se se cantar, assim como uma nuvem só acontece se chover, assim como o poeta só é grande se sofrer, assim como viver sem ter amor não é viver, não há você sem mim e eu não existo sem você.”
Vinícius de Moraes / Tom Jobim
quarta-feira, 27 de abril de 2011
“No meio do nada, você apareceu. Me olhou, sorriu, e eu fiquei muda. Muda. Você e o seu sorriso lindo. Eu e minha falta de palavras. Eu te olhava e você caminhava. Caminhava em minha direção e sorria. Falta de espaço, falta de frases, falta de ar. Ai, meu Deus, me deixa viver agora. Eu preciso morar, dormir e acordar com esse sorriso. Esse sorriso lindo que duraria uma vida se você quisesse. E você não parava de sorrir e apertava os olhos. Grave. Grave! Seus olhos rasgados, me olhando. Seu sorriso de um minuto, dez anos, cinco horas. Você parou de repente e tudo em volta também. Parecia um filme. Um filme que eu nem sabia a fala. Mas eu não tinha fala e você me olhava. Vai, engole esse sorriso que não é seu. Come as palavras dele. Se alimenta. E lá estávamos nós. Mudos. E nosso silêncio que tanto dizia.”
Disse pra mim. Nenhum pio. Não vou falar nada. Já que sou tão imprópria, inadequada, boba. Já que nunca basto e se tento me excedo. Já que não sei o que deveria ou exagero em querer saber o que não devo. Nunca entendo exatamente, nunca chego lá, nunca sou verdadeiramente aceita pela exigência propositalmente inalcançável. Meu riso incomoda. Meu choro mais ainda. Minha ajuda é pouca. Meu carinho é pena. Meu dengo é cobrança. Minha saudade é prisão. Minha preocupação chatice. Minha insegurança problema meu. Meu amor é demais. Minha agressividade insuportável. Meus elogios causam solidão. Minhas constatações boas matam o amor. As ruins matam o resto todo. (Tati Bernardi)
terça-feira, 19 de abril de 2011
“Um amor que não é a sua cara, que não lembra em nada um amor idealizado. E, por isso mesmo, um amor que deixa você em pânico e em êxtase. Tudo diferente do que você um dia supôs, um amor que te perturba e te exige, que não aceita as regras que você estipulou. Um amor que a cada manhã faz você pensar que de hoje não passa, mas a noite chega e esse amor perdura, um amor movido por discussões que você não esperava enfrentar e por beijos para os quais nem imaginava ter tanto fôlego. Um amor errado como aqueles que dizem que devemos aproveitar enquanto não encontramos o certo, e o certo era aquele outro que você havia solicitado, mas a vida, que é péssima em atender pedidos, lhe trouxe esse e conforme-se, saboreie esse presente, esse suspense, esse nonsense, esse amor que você desconfia que não lhe pertence. Aquele amor em formato de coração, amor com licor, amor de caixinha, não apareceu. Olhe pra você vivendo esse amor a granel, esse amor escarcéu, não era bem isso que você desejava, mas é o amor que lhe foi destinado, o amor que começou por telefone, o amor que começou pela internet, que esbarrou em você no elevador, o amor que era pra não vingar e virou compromisso, olha você tendo que explicar o que não se explica, você nunca havia se dado conta de que amor não se pede, não se especifica, não se experimenta em loja – ah, este me serviu direitinho!”
Martha Medeiros.
domingo, 17 de abril de 2011
...E se o tempo levar você
E um dia eu te olhar e não te reconhecer
E se o romance se desconstruir
Perder o sentido
E eu me esquecer por ai
Mas nós somos um quadro de Klint
"O Beijo" para sempre fagulhando em cores
Resistindo a tudo seremos
Dois velhos felizes
De mãos dadas numa tarde de sol
Pra sempre
E um dia eu te olhar e não te reconhecer
E se o romance se desconstruir
Perder o sentido
E eu me esquecer por ai
Mas nós somos um quadro de Klint
"O Beijo" para sempre fagulhando em cores
Resistindo a tudo seremos
Dois velhos felizes
De mãos dadas numa tarde de sol
Pra sempre
Te amo, te amo, te amo...
Vanessa da Mata - Te amo
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Te dou as minhas vontades e um pote de mousse de maracuja. Um muito do meu tempo que às vezes é tão curto, mas é teu. Só teu. Junta seus sonhos com o meu. Sonhos são uma forma de nos encontrarmos com o que fica escondido dentro do peito. São futuros doces querendo ser presente. Eu quero te dar o mais doce deles. Vou pintar uma realidade fantástica pra você se distrair da rotina sem cor. E sei que nem sempre é possível estar feliz o tempo todo. Mas você só vai chorar na minha frente quando o xampu cair no seu olho. E as tempestades que vierem a gente vai enfrentar de barco, de guarda chuva, de proteção qualquer. Mas a gente vai. Juntos. Vai ter dias ensolarados só pra gente sentar debaixo de uma sombra de uma árvore gigante. Pra procurar jacaré nas nuvens. Vou tirar você da rotina só pra te distrair com minhas histórias mirabolantes de uma vida normal. É só isso que posso fazer pra ver você feliz. Estender um braço e entregar um coração cheio de temperanças sujeito a intempéries. Preciso te dizer também que tempo ruim é na meteorologia, não na gente. Que chuva quando é vista da sombra a gente enxerga o arco-íris.
Nem sei com que pernas cheguei até sua casa, achei que não teria coragem. Mas agora que estou aqui, preciso que você saiba que cada música que toca é com você que ouço, cada palavra que leio é com você que reparto, cada deslumbramento que tenho é com você que sinto. Você está entranhado no que sou, virou parte da minha história.
Martha Medeiros
Sempre caminhei sozinha, quando cheguei a olhar para trás via somente duas pegadas. Pode até parecer solitário, triste, mas muito pelo contrário, era sossegado, tranqüilo, sem preocupações e desilusões. Sempre me achei auto suficiente, eu me bastava, não precisava de ninguém pra que eu me sentisse completa. Mas aí apareceu você. Feito vendaval, que vai levando tudo que vê pela frente. Você levou minhas concepções velhas, tudo aquilo que eu acreditava embora. Me transformou, foi me tirando os espaços entre tantos abraços, foi me moldando, me modificando, para que eu ficasse assim, o melhor pra você, o melhor pra nós. Me fez dependente, logo eu, livre, solta. Me deixou presa em você, assim sem amarras, sem receios, sem medo. Me esqueci daquilo que eu era pra me transformar no que te faz bem, no que te deixa feliz. Resolvi que você seria meu motivo. Meu motivo para continuar, para viver, meu objetivo de vida, de escolhas. Resolvi que você seria minha base, meu alicerce, que mesmo eu sendo tão independente, tão egoista e cheia de mim, mudaria, mudaria pra te ver sorrir, pra te ver feliz. Deixaria meu orgulho de lado pra ir atrás de você quantas vezes fosse preciso. Porque eu te amo. Porque não tem nada que eu queira mais do que o teu perfume se transformando no ar que eu preciso todos os dias, porque eu preciso de você, aqui, como sempre foi.
..Sem você passei a ver o que nunca enxerguei
Sem você me dei um tempo e me repensei
Eu me vi naquelas folhas de outra estação
Que sem vidas são varridas secas pelos chão
Acredito hoje em coisas que me ensinou
Acredito que dias melhores estão por vir
E amores de verdade surjam num olhar
Acredito que a gente possa ser feliz..
Sem você me dei um tempo e me repensei
Eu me vi naquelas folhas de outra estação
Que sem vidas são varridas secas pelos chão
Acredito hoje em coisas que me ensinou
Acredito que dias melhores estão por vir
E amores de verdade surjam num olhar
Acredito que a gente possa ser feliz..
terça-feira, 12 de abril de 2011
Tenho um amor, e uma dona pra ele. Pessoal e instransferível.
Não tem satélite que mande tanta coisa assim pra tão longe.
Brilha muito acima dos pára-raios e das nuvens de fumaça dessa
Não tem satélite que mande tanta coisa assim pra tão longe.
Brilha muito acima dos pára-raios e das nuvens de fumaça dessa
cidade abafada e cinzenta a minha via láctea,
pela qual eu deslizo sorrateiramente
toda noite em sonhos, ao encontro dela.
..Com você vou aonde for
Sinto no ar, deixo rolar
A cor do meu céu não é mais azul
Com seu olhar longe do meu amor
Quem me dera ter um segundo
Pra não te perder
Sinto no ar, deixo rolar
A cor do meu céu não é mais azul
Com seu olhar longe do meu amor
Quem me dera ter um segundo
Pra não te perder
Só você
Me desperta a intenção
De pra sempre te querer
Só você
Me desperta a intenção
De pra sempre te querer
Só você
Vou além
Vou além do céu
E posso me perder
Aonde você for eu vou estar
Vou além do céu
E posso me perder
Aonde você for eu vou estar
Vou além
Vou além do céu
E posso me perder
Aonde você for eu vou estar
Com você
Com você
Com você
Com você
Com você..
Vou além do céu
E posso me perder
Aonde você for eu vou estar
Com você
Com você
Com você
Com você
Com você..
domingo, 10 de abril de 2011
“E se realmente gostarem? Se o toque do outro de repente for bom? Bom, a palavra é essa. Se o outro for bom para você. Se te der vontade de viver. Se o cheiro do suor do outro também for bom. Se todos os cheiros do corpo do outro forem bons. O pé, no fim do dia. A boca, de manhã cedo. Bons, normais, comuns. Coisa de gente. Ninguém mais saberia deles se não enfiasse o nariz lá dentro, a língua lá dentro, bem dentro, no fundo das carnes, no meio dos cheiros. E se tudo isso que você acha nojento for exatamente o que chamam de amor? Quando você chega no mais íntimo. No tão íntimo, mas tão íntimo que de repente a palavra nojo não tem mais sentido. Você também tem cheiros. As pessoas têm cheiros, é natural”
Caio Fernando Abreu, em: Estranhos Estrangeiros
sexta-feira, 8 de abril de 2011
domingo, 3 de abril de 2011
..Eu só queria que você cuidasse
um pouco mais de mim
como eu cuido de você
cuidar é simplesmente
olhar pro mundo que você não vê
Pra medir o amor não existe cálculo
1+1 pode não ser 2
Futuro é linda paisagem
desejo que não é sonho é mera ilusão
Se não sabe
se afasta de mim
mas se ainda cabe
me abrace, enfim
Só ligue se tiver vontade
só venha se quiser me ver
Mentir é pura vaidade
de quem precisa se escconder
Será que eu vejo apenas o que você não vê?
eu não entendo como você não consegue perceber?
que eu não sei mais,
eu não sei mais, eu não sei
O sangue é o rio que irriga a carne
e a alma é a terra de um morro
é luz antiga o fim da tarde
dessa saudade sem socorro
Se não sabe
se afaste de mim
um pouco mais de mim
como eu cuido de você
cuidar é simplesmente
olhar pro mundo que você não vê
Pra medir o amor não existe cálculo
1+1 pode não ser 2
Futuro é linda paisagem
desejo que não é sonho é mera ilusão
Se não sabe
se afasta de mim
mas se ainda cabe
me abrace, enfim
Só ligue se tiver vontade
só venha se quiser me ver
Mentir é pura vaidade
de quem precisa se escconder
Será que eu vejo apenas o que você não vê?
eu não entendo como você não consegue perceber?
que eu não sei mais,
eu não sei mais, eu não sei
O sangue é o rio que irriga a carne
e a alma é a terra de um morro
é luz antiga o fim da tarde
dessa saudade sem socorro
Se não sabe
se afaste de mim
mas antes que seja tarde
nos salve do fim..
nos salve do fim..
Odeio pessoas ignorantes. Me sinto mau por não conseguir gostar de todo mundo, mas é o que sinto. Os ignorantes, os vaidosos, os usurários, os pedantes. Detesto tudo que é afetado, detesto quem não se busca. Quem se acostuma a viver, da mesma maneira como se acostuma a dormir ou comer. Viver fica uma coisa automática, pouco importante boa ou má, vazia ou não. Basta viver, como uma obrigação da qual não se pode fugir.
(Limite Branco, CFA)
Assinar:
Postagens (Atom)